sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

De volta.

A quatro de Março disse que não sabia se o meu maior medo era estar grávida ou não estar. Apenas 4 dias depois, tive o meu positivo.

Passei alguns momentos de grande tristeza, não vou mentir. Era algo que queria muito, mas... não foi mesmo no momento indicado. Tive que adiar muita coisa, os meus sogros deixaram escapar por entre linhas que até apoiariam se eu abortasse, tive enormes discussões com o meu marido, quis ignorar a gravidez. Ele chegou até a dizer que era bem feito se eu perdesse a criança com as discussões. Foram momentos muito feios. A minha mãe, a primeira reacção que teve, foi dizer que para mim estava tudo acabado. Que a minha vida tinha terminado, que agora era só a criança que importava.

Mas apesar de tudo, tenho hoje um filho super saudável. Lindo. Perfeito. Lutador.

Sinto-me muito mais completa, sem dúvida.

Mas há dias que ainda são difíceis.

As noites são o pior. Não gosto de ter de me levantar, não gosto de ter de acordar. Tenho sorte - ele dorme a noite quase toda. Mas é difícil, e não o posso confessar a ninguém porque uma boa mãe faz tudo pelo seu filho. Então porque me sinto egoísta, porque sinto falta de tempo para mim, porque me deixa tão rabugenta levantar-me de noite? Porque não me sinto mãe?

Não sei... adoro o meu filho, choro de felicidade por vezes ao vê-lo. Saber que saiu de mim é uma sensação indescritível.

Mas não sei se sei ser mãe. Sinto saudades de estar grávida. Muitas. Mas ao tê-lo cá fora... sei lá se sou capaz!




 

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